A queda de Mubarak influencia a sua marca? Claro!
Por Marcos Hiller.
A queda de Mubarak representa muito mais que a simples queda de um ex-líder egípcio. Representa a vitória da liberdade. O população mundial assistiu online como a democracia ainda tem uma força arrebatadora. Esse fato histórico (que a Veja não deu destaque na capa, diga-se de passagem) reverbera no resto do mundo, dá impulso à populações mostrando que tudo é possível, nada é pra sempre. Afeta os padrões de comportamento de todo o mundo.
Por exemplo, após a histórica ‘pulada de cerca’ de Bill Clinton quando ainda era presidente dos USA, toda a população americana tornou-se mais desconfiada com tudo. Um grande líder, um exemplo a ser seguido, um ex-aluno de Yale, o homem mais poderoso do planeta também era falível. E a população nada mais é que um grande mercado consumidor. Todos ficaram automática e inconscientemente desconfiados de promessas de marcas.
O fato de termos uma mulher governando o nosso país pela primeira vez também irá mexer nos padrões de comportamento do mercado. As mulheres que já ganharam um papel de destaque, com todo o mérito, de décadas para cá, ganharão uma força e uma evidência muito, mas muito maior. Tudo está interligado. Fazendo uma analogia rápida, o mercado pode ser visto como um grande organismo formado por bilhões de moléculas. Quando 1 única molécula se move, todas as demais se movem também. No mercado acontece da mesma forma. No entanto, os grandes anunciantes ainda gastam milhões com pesquisa de mercado convencionais, sendo que deveriam conversar com os marketeiros da Dilma, do Serra, da Marina, do Tiririca. Esses estrategistas não entendem somente de política, entendem de comportamento humano, de megatendências, de mudança de padrão de estilo de vida do brasileiro.
O nosso papel como marketeiros, brand managers, gestores de mercado é acompanhar, monitorar e observar todas essas mudanças de forma muito próxima. O diapasão de toda essa história é a nossa habilidade de observar e agir de forma adequada.
Marcos Hiller, editor do Blog do Hiller