Plínio e o molho Caipira

Plínio é um gerente junior de uma grande empresa de Tecnologia, onipresente nos melhores rankings de “melhores empresas para se trabalhar” de prestigiadas revistas de negócios. Uma leve ressaca no dia de hoje, afinal ontem foi o amigo secreto da firma, onde Plínio ganhou uma colônia da L’aqua di Fiori e exgerou um pouco ao beber 13 chopes no Outback. A icônica cebola também foi protagonista do evento. Como costuma fazer todo santo dia, hoje ele saiu para almoçar com os colegas no shopping Eldorado na cidade de São Paulo. No caminho até a abarrotada Praça de Alimentação, eles vão jogando conversa fora, falando sobre o último vídeo do Porta dos Fundos, sobre os memes do WhatssApp, sobre as gostosas do departamento e sobre a entrevista de Neymar no Fantástico. Chegando no piso dos restaurante, sem titubear, Plínio escolheu o Bon Grillé. Mas antes esperou 9 minutos até uma mesa vagar. Assim que duas senhoras desocuparam uma mesa ao seu lado, ele jogou seu crachá em cima da mesa e foi buscar sua Maminha com Risoto Piemontês. Ao voltar pra mesa “reservada” com a bandeja na mão, seu crachá não estava mais lá e havia outras pessoas em sua mesa. Plínio ficou puto, largou sua bandeja de lado e foi reclamar com um segurança que se isentava de qualquer culpa pelo ocorrido. Foi também na Administração do shopping onde esbrevejou e preencheu uma longa ficha de ocorrência. Passou na Ofner, pegou uma coxinha e voltou para o escritório. Ao final do dia, uma ligação da área de segurança do shopping informando que seu crachá havia sido encontrado numa lixeira. Plínio buscou seu crachá com Shirley, uma funcionária do shopping, que o orientou a nunca mais deixar seu crachá abandonado em mesas da praça. Para sua surpresa, o seu crachá estava todo sujo com um molho de coloração similar ao molho Caipira do McDonalds, geralmente servido como acompanhamento do Chicken McNuggets. E não uma simples impressão, era realmente o tal molho Caipira do McDonald´s que besuntava todo o seu crachá, inclusive as bochechas de sua foto digitalizada. Um dia para Plínio esquecer…

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